Ser cristão entre a mentira e a verdade
[Leitura] 1 Jo 2, 22-28; Jo 1, 19-28
[Meditação] O cristão é aquele que não nega Cristo, mas Lhe serve de voz em todos os momentos e atitudes do existir. Assim eram Basílio Magno e Gregório de Nazianzo, que se consideravam como «uma só alma em dois corpos» e que apesar de sobrenome e proveniência diferentes, o mesmo desejo era ter o título de glória de ser cristãos, reconhecidos como tal. Não é tolice se considerarmos que João Batista foi um cristão, uma vez que também ele testemunhou não ser Cristo, sendo a voz que O testemunhou. Não é isso que deveriam fazer todos os cristãos?
Na sociedade e na Igreja, corremos, porventura, todos os dias, o risco de negar todas as verdades que suspeitamos virem a destruir os (falsos) alicerces em que colocamos a nossa (por vezes, falsa) segurança, deitado fora a água suja, juntamente com o bebé que o alguidar também contém, princípio de esperança nova. Somos tentamos, muitas vezes, a abdicar da novidade onde está contida a felicidade toda, por uns trocos de felicidade imediata e eufórica. Ainda estamos a viver o Natal e corremos, já, o risco de encarreirar nos mesmos erros do ano que passou.
Não é fácil ser-se cristão entre a verdade e a mentira. Para Basílio e Gregório, pelo séc. IV da nossa era, também não deve ter sido fácil serem monge na reforma e teólogo da defesa da divindade de Jesus Cristo entre o Ocidente e o Oriente. Também hoje, necessitamos de acolher a mesma “unção de Cristo que nos instrui sobre todas as coisas e que não mente». Na hora da mudança, hoje mais do que nunca, é preciso dar, primeiro, ouvidos a Jesus Cristo, para não corrermos o risco de O negar sobre o que é mais essencial na vida. Isto é muito necessário na Igreja, nas paróquias, nas famílias cristãs, quanto à vida prática e à vocação. É preciso não calar a voz, é preciso que todos os confins da terra vejam a salvação do nosso Deus.
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