Aquele a Quem pertencemos não nega as suas raízes humanas
[Leitura] Gen 49, 2. 8-10; Mt 1, 1-17
[Meditação] A Liturgia que preside ao início da novena de Natal propõe-nos dar atenção a uma das versões da genealogia histórica de Jesus, da qual o trecho do Livro do Génesis expande uma das suas hastes (Jacob-Judá). Os textos deste dia permitem-nos ter em conta que fazer a experiência do encontro com Jesus no Natal não obriga, de antemão, a uma inteligência abstrata, como se a liturgia do Natal fosse meramente uma experiência mística.
No início desta novena, sugere-se que façamos o caminho de encontro ao presépio através do que é a nossa história e das sementes lá semeadas, tendo em conta que aos antepassados de Jesus também foi anunciado o nascimento d’Aquele a Quem os povos haveriam de obedecer, hoje, Aquele a Quem também nós pertencemos.
Para pertencermos a Jesus, não precisamos de negar a nossa história e as nossas raízes, mas integrá-las nas gerações daqueles que no-Lo transmitiram, pela fé. A geração do processo de fé em cada um não é espontânea, mas implica a transmissão fiel, apesar das fraquezas da nossa humanidade. É assim que Ele quer continuar a incarnar na nossa vida, hoje: através do que nos é mais caro à vida humana, a ascendência daqueles que nos transmitiram Jesus.
[Oração] Em: Novena de Natal 2015
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo