Igreja, caminho de acessibilidade para “cegos”

[Leitura] Is 29, 17-24; Mt 9, 27-31

[Meditação] Em Jesus, as promessas do Antigo Testamento veem-se cumpridas, de forma que todo o Novo Testamento é boa nova que ilumina a experiência dos que caminham na Igreja por Si fundada como alicerce da casa do Pai. Este caminhar não é isento de gritos e anseios que o Ressuscitado escuta constantemente de modo que, ao longo do caminho, nos vai colocando perguntas e desafios para que saibamos segui-Lo até essa eterna morada. Quem já pisou o trajeto para cegos que estão nas cidades, reparou que ele é feito de vários tipos de protuberâncias que facilitam o tato. Também a experiência do caminho eclesial, é feita de pontos altos e pontos baixos que nos permitem, na nossa cegueira espiritual ou de sentido, reagir com todos os sentidos que tivermos à disposição. Para uma cegueira espiritual, corresponde a necessidade de um tato espiritual que nos ajuda a organizar o caminho na lenta, mas segura, construção de um “mapa” existencial da fé. Este “caminho de acessibilidade” tanto nos leva à assembleia celebrante dos cristãos para beber na Fonte segura, como nos obriga a sair para fora de fronteiras onde a dúvida de errar e cair nos implica num teste de confiança n’Aquele que é a luz interior que dissipa todas as trevas. Resta sublinhar que não somos nós, “cegos” que usamos o tato para O encontrarmos; Jesus também usa o seu tato, tocando os olhos do nosso coração, para conseguirmos ver sem escamas de qualquer tipo o Caminho que Ele é, a Verdade que Ele  diz e a Vida que Ele dá.

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