André Dung-Lac & Co: um “sínodo” que se realiza com o martírio

[Leitura] Dan 2, 31-45; Lc 21, 5-11

[Meditação] A lista dos 117 santos vietnamitas que deram a vida pelo amor a Cristo entre 1625 e 1886 continha bispos, padres, religiosos e fiéis; homens e mulheres, pessoas de todas as condições sociais e idades. Realizaram uma espécie de sínodo à volta da bem-aventurança «Felizes os perseguidos por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus» (Mt 5, 10). Com efeito, convictos desta Palavra de Jesus no discurso da montanha, caminharam juntos para o martírio, dando testemunho prático do que professavam com fé. E o seu sangue quanto mais era derramado, mais cristãos atraía ao fervor pelo mesmo amor a Cristo. Pensando nas nossas Igrejas particulares de hoje, onde grande entusiasmo por sínodos de renovação acontecem, a nível local e nacional, numa época de concomitante fluidez de decisões e realizações eclesiásticas, paralelas à monstruosa idade do petróleo que causa grandes controvérsias mundiais, origem de injustiças e mortes sem número, por que via daremos um testemunho coerentemente válido? Pensando no grande boneco da visão interpretado por Daniel, de que idade faremos parte? Ou temos mais a ver com a pequena pedra que se “martiriza” para interferir na fragilidade dos pés desta idade em que vivemos, para voltarmos a subir à montanha formada pelo efeito da queda, ouvindo novamente o discurso das bem-aventuranças, por onde Jesus inaugura o seu Reino? Será o martírio (de sangue ou outro) necessário para que estejamos juntos no mesmo testemunho de renovação prática, iluminada eminentemente pela Palavra de Deus? Ou teimamos em fazer parte (ou fazer os outros fazer) da grande estátua de diferentes idades e diferentes condições? Como Jesus nos aconselha nesta memória dos Santos Vietnamitas, em vez de ficarmos a pensar no fim do mundo enquanto vemos as notícias atuais em sobressalto, certamente a desejar que passemos ao Reino sem ser feridos por alguma causa dolorosa, passemos a realizar ações concertadas/sinodais que sirvam o tipo de justiça que Jesus veio defender com o estilo do serviço. E, porque não, com muitas ações com um só registo, à maneira de “um por todos e todos por um” como o presbítero André Dung-Lac & Co!

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