Na prova da (in)gratidão: noves fora um

[Leitura] Sab 6, 1-11; Lc 17, 11-19

[Meditação] Não sei quantos governantes, tendo ou não fé em Deus, serão capazes de perceber que o poder que está nas suas mãos lhes foi dado por alguém superior e que irão, do mais pequeno ao mais soberano, ser postos a rigorosa prova, a da Sabedoria, que tem a sua fonte e as suas leis, e que serve de defesa a quem lhe presta “vassalagem”. São Martinho de Tours é, para eles, soberano na obediência à sabedoria de Deus na prática do bem. Ele inaugura a lista daqueles que são venerados por terem dado “testemunho no martírio branco”.

O Evangelho mostra-nos dez leprosos que, em alta voz, pedem a compaixão de Jesus; e mostra-nos um que, também na “alta voz” da prostração, Lhe vem agradecer o milagre. A leitura da Sabedoria mostra-nos quais são os “critérios de avaliação” da capacidade de ser agradecido pelo poder que Deus dá a quem exerce alguma missão na terra dos homens: compaixão-rigor-severidade farão parte do exame das obras e da sondagem das intenções que levam às mesmas.

Para se ser um bom dispensador das graças de Deus não basta cumprir a “liturgia da ida”; é necessário, também, regressar com a “liturgia da vida” com o “v” de volta à origem de todo o bem. Que S. Martinho nos congregue à volta do Deus da vida e nos faça ser atuantes para com quem não tem, não só castanhas e jeropiga, mas sobretudo o que é mais básico para ter uma vida minimamente digna.

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