O “tribunal da consciência” é o que, no presente, poderia ser levado mais a sério

[Leitura] Rom 7, 18-25a; Lc 12, 54-59

[Meditação] No trecho do Evangelho de hoje, Jesus denuncia a hipocrisia que reside no facto de os homens serem aptos para usufruírem da interpretação que são capazes de fazer das coisas exteriores para proveito próprio, mas, nas coisas da vida interior, não ousam tirar partido das moções espirituais para se viver bem o tempo presente. O Apóstolo Paulo sabia-o, ajudado pela cultura da tragédia grega e pela fé em Jesus Cristo, consciente de que a dissociação interior não pode ter um desfecho feliz a não ser com a ajuda do Espírito de Jesus Cristo. O entendimento que Jesus nos convida a ter com o nosso “adversário” pelo caminho, entendo humildemente ser o do caminho interior, onde a consciência é chamada a dialogar com as partes mais fracas ou débeis da nossa condição humana, antes que se chegue ao “magistrado” que é o julgamento de alguém no foro externo da disciplina (do educador, formador ou de um superior qualquer). A A partir daqui, se o entendimento não levar a um acordo em ordem à boa ação, a oficialização da justiça e a “prisão” já são consequências inevitáveis para quem não procura reconciliar-se consigo mesmo. E aquela prisão, antes de ser aquela do mal-necessário da reclusão de criminosos, pode acontecer que seja um homem cuja consciência não o deixa viver livre das amarras de uma lei mal interpretada que, supostamente, não desprende para que se viva segundo “regime” da graça de Deus. Como Paulo, também nós, por vezes, fazemos o mal que não queremos e deixamos de fazer o bem que professamos. Seja, em cada dia, a luz da Palavra de Deus a guiar-nos para um cada vez maior entendimento sobre o caminho a trilhar e das reconciliações a fazer, enquanto é tempo!

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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