Deixar-se purificar do fermento do pecado

[Leitura] Rom 4, 1-8;Lc 12, 1-7

[Meditação] É verdade que a fé sem obras é morta (cf. Tg 2, 18), mas também, parafraseando o Apóstolo Paulo, não se devem fazer as obras sem, primeiro, ter a fé que as justifica e as faz credíveis, para se manifestarem como obras que Deus realiza através dos seus filhos. A hipocrisia que Jesus denuncia nos fariseus torna patente o paradoxo que é eles quererem ser advogados do cumprimento da Lei, mas que, na verdade, eles também não cumpriam de todo. Quem seria os seus advogados? Esta liturgia é uma grande chamada de atenção para os cristãos, que devem procurar deixar-se purificar do seu pecado, antes de manifestarem por obras a sua fé em Deus. Se não for esta a ordem dos fatores, podemos dar a impressão, com a aparência das obras, que a justificação está nelas, mas não. A justificação vem de Deus que, com uma fé a purificar cada vez mais o coração, nos faz praticar obras segundo a sua vontade. Na “gamela” onde se amassa o coração crente, erradique-se o pecado, para que as boas obras sejam como o pão ázimo, para ser pão de Deus e não de homens.

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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