O Evangelho entre os costumes e a novidade da Salvação

[Leitura] Rom 1, 16-25; Lc 11, 37-41

[Meditação] Deus manifestou-se à humanidade de muitos modos e, no final dos tempos, através de Seu amado Filho de uma forma perfeita e acomodada à compreensão humana, através do mistério da incarnação (cf. Heb 1, 1). Uma vez que Ele tomou esta iniciativa, cabe, agora, à humanidade acolher este tão grande desígnio de amor de salvação. No entanto, o homem não dá uma resposta automática, uma vez que é um ser provido de liberdade, chamado a ser um interlocutor dialogante com o seu Criador. A fé em Jesus Cristo é a resposta! No entanto, é preciso reconhecer n’Ele a presença de Deus. A admiração do fariseu que O convidou para ter lugar à sua mesa mostra-nos que nem sempre é fácil, ainda que o queiramos, conviver com a novidade que Jesus nos propõe como gramática de ingresso no seu Reino. Estamos demasiadamente ocupados com os costumes que cerimoniamos com toda a pompa e circunstância, muitas vezes, sem cuidarmos do cuidado para com a melhora da criação de Deus: o ser humano, quer em nós próprios, quer nos mais pobres. Naquela refeição, Jesus provou não ter vergonha do seu projeto, onde não se incluem grandes preocupações com a “lavagem de pratos”, mas o cuidado para com a felicidade do ser humano. O Evangelho é uma semente que cresce de dentro para fora e não ao contrário. Por isso é que Jesus quis entrar na casa daquele homem, para deixar ficar nos seus “aposentos” interiores (incluindo o seu coração de pedra) a provocação evangélica do amor de Deus, que vale mais do que qualquer rubricismo. «A glória de Deus é o homem vivo», como dizia Santo Ireneu. Portanto, vivamos ocupados na caridade que dá vida e não tanto preocupados com a etiqueta da aparência.

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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