Um sinal não se pede, compreende-se
[Leitura] Rom 1, 1-7; Lc 11, 29-32
[Meditação] Lemos no dicionário que “perverso” é tudo o que se desvia daquilo que é considerado bom, correto ou razoável. Jesus encontra-se diante de uma geração perversa, pois esta não dá conta do maior sinal que lhe está diante, voltando-se para normas e ritos vazios. Estes, por sua vez, já não dão sentido à vida, faltando-lhe a nova luz que vem do Evangelho feito vida. Sem esta luz, a atenção e o comportamento viram-se para outros deuses. Portanto, pedir um sinal maior do que Jesus é sinal, isso sim, de perversidade. Podemos, porém, aprender a ler os sinais que Deus nos vai dando para nos guiar até a esse Sinal Maior ou Sinal + de que a Liturgia dos últimos dias nos foi falando: “a melhor parte” ou “parte boa” que Maria, irmã de Marta, escolheu; aquela “coisa” que faltava ao homem ou jovem rico que se abeirou de Jesus para encontrar o caminho da vida eterna. Os antigos aprenderam a acolher, sem hesitações e sem desvios, o sinal de Jonas e de Salomão; porque será que o Sinal maior de Deus, Jesus Cristo feito homem, não foi acolhido como tal? Não podemos ignorar o antropocentrismo do tempo de Jesus, disfarçado de religiosidade, na pessoa daqueles que queriam o poder: os sumos sacerdotes da Lei, os escribas e os fariseus… Critério + para acolher e compreender o Sinal +: a Palavra de Deus lida em comunidade e acolhida à luz do Espírito Santo. Isto é, verdadeiramente, “o que o amor pode calar”, conforme se proclama no lema do Dia Mundial das Missões deste outubro 2015!
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo