Quem junta com Cristo, ‘symballein’; quem não está com Ele, ‘diaballein’
[Leitura] Joel 1, 13-15 – 2, 1-2; Lc 11, 15-26
[Meditação] O «dia do Senhor está próximo» − é uma expressão repetida pela primeira leitura de hoje, não para nos assustar ou pôr a fugir, mas para uma alegria contagiante que reúna aqueles que o Senhor vem integrar no seu Reino. Para isso, é preciso encontrar, convocar e somar as “peças” dispersas da realidade para que se torne visível esse acontecimento. O Evangelho mostra-nos a confusão que ia na mente dos que assistiram àquele milagre da expulsão dos demónios. Em vez de verem em Jesus Aquele que veio para libertar e deixarem-se libertar por Ele, reagiram com toda a espécie de afirmações dispersivas, fruto de uma mente dividida. Para a ter unificada, não basta, segundo Jesus, tê-la “varrida e arrumada”, como se estar e juntara com Ele fosse meramente obra do esforço humano. Até mesmo as pessoas mais intelectuais podem mostrar-se divididas diante das propostas libertadoras de Jesus. Para que isto não aconteça e possamos vir a servir de “símbolos” (a juntar) em vez de “diábolos” (a dispersar), podemos, respetivamente, seguir alguns conselhos:
1.º Ser simples diante da Palavra de Deus e dos Sacramentos, adotando uma postura de fé, na consciência de estar diante da ação sagrada de Deus;2.º Relativizar as forças más em nós, tendo em conta que elas não são tão fortes que a força salvífica de Deus;
3.º Ser criativos, de maneira a, quer em palavras, quer em gestos, testemunhar a força de Deus em nós;
4.º Independentemente do Q.I. que cada um tenha, fugir da arrogância intelectual que só bloqueia a nossa abertura a Deus;
5.º Esperar ativos o “dia do Senhor”, uma vez que podemos defender a nossa vocação com toda a espécie de boas obras diante de Deus e dos homens.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo