A paz de Deus habita na dignidade humana
[Leitura] Gen 44, 18-21. 23b-29 – 45, 1-5; Mt 10, 7-15
[Meditação] «Se essa casa for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz». Com estas palavras de Jesus, descobrimos que a paz verdadeira é um dom que ele confere através dos seus discípulos; a dignidade é um direito que pertence a todos, uma vez que o Criador a todos conferiu inicialmente, embora alguns a possam perder com a consequente diminuição daquela paz. Por isso, é muito urgente a presença de discípulos missionários, desprendidos dos bens e honras terrenas e transportadores fiéis da paz de Deus. Discípulos que, conscientes do amor pessoal que Cristo Ressuscitado lhes tem, tocando n’Ele, partam ao encontro dos que aspiram ao seu testemunho. Hoje vemos, no oriente cristão, como muitos, apesar de viverem situações desesperantes, continuam a dar testemunho de fé em Cristo Ressuscitado. Não sei onde se travam as mais delicadas guerras: se no oriente, se no ocidente; não sei onde se morre da morte mais cruel: se a morte para Deus, se a morte para o mundo. O que sei é que, somos convidados a aceder ao amor mais do que acessível − o do Ressuscitado − que, com a expressão e métodos da paz que sugere aos seus Apóstolos, nos procura mesmo que não seja procurado. Sigamos o exemplo do José do Egito: desmascaremos aquilo em que nos tornámos ou tornaram na cultura em que vivemos e manifestemos a fraternidade universal que é veículo da salvação de Jesus Cristo Ressuscitado. A sua cruz é o troféu, a sua paz plena partilhada é a sua glória em nós.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo