O pão nutre na prisão, a Palavra converte os que a dão

[Leitura] Gen 41, 55-57 – 42, 5-7a. 17-24a; Mt 10, 1-7; Evangelii Gaudium

[Meditação] Se soubéssemos quão simples (não simplórios) eram os que Jesus chamou a Si para os designar Apóstolos e enviar em missão…! Talvez muitos mais homens e mulheres dariam conta de que a sua exagerada auto-humilhação em matéria de fé é artifício do demónio que é contrário ao Reino de Deus.Vemos em muitas paróquias da Igreja, alguns “fiéis” a denunciarem isso mesmo: que fulano ou fulana não deveriam andar a fazer aquelas coisas de Deus, em vez do Sr. Padre; ou, então, “não, Sr. Padre, eu não sirvo para essa missão, por isto ou por aquilo…”. Se soubessem de que matéria eram feitos os Doze ou como tinha sido a sua história, então, mudariam de “Religião”. Devo estar enganado: sentiriam que o amor de Deus é capaz de fazer tudo em quem lhe confia a história da sua vida, deixando que se transforme, também, história particular de salvação, para que o seja história de salvação para todo o povo. É que na prisão ou em qualquer tipo de “prisão” o pão que se come alimenta na mesma; também em qualquer vida, seja ela em que estado for e estiver, a Palavra de Deus evangeliza primeiro quem a guarda, antes de ser anunciada.A Palavra, antes de se ver refletida nas duras pedras ou antes de cair no terreno duro do mundo, tem de derreter o coração de pedra de quem a transporta. Ela é a voz que convida, é a força que faz caminhar, é a sabedoria que interpela os ouvidos que a escutam, a salvação a que tantos aspiram. Convite é preciso; formação é precisa; mas, depois, não podemos estar à espera de formação académica ou recursos riquíssimos para participarmos na missão de Jesus Cristo e dos seus primeiros Apóstolos. Basta repararmos nas instruções que Ele lhes/nos deixou: não seguir o caminhos dos gentios… ir primeiro às ovelhas perdidas e pelo caminho: proclamar o Reino de Deus. Difícil? Acessível só a alguns? Claro que é uma missão para percorrer em conjunto, em comunidade. Na Evangelii Gaudium, o Papa Francisco também sugere estes três âmbitos: 1)Pastoral “ordinária”: dos fiéis que frequentam regularmente a comunidade, reunindo-se no dia do Senhor, para se alimentarem da sua Palavra e do Pão de vida eterna; 2)Aproximação às pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo; 3)Atenção àqueles que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre O recusaram (cf. n.º 14). Estamos à espera de quê, para entrar na missão verdadeira e não daquela que muitos pensam ser de elite?!

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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