Ver, ouvir falar e tocar a força que salva
[Leitura] Sab 1, 13-15: 2, 23-24; 2 Cor 8, 7. 9. 13-15; Mc 5, 21-43
[Meditação] «Não foi Deus quem fez a morte». Acreditamos? «Em nada existe o veneno que mata, nem o poder da morte reina sobre a terra». Que tipo de materialização do mal se andará por aí a exorcizar? O ser de Deus, foi partilhado em tudo para o bem. Mas o mal aí está e também a morte, em muitos recantos cantos e circunstâncias. O que curará? Qual o remédio eficaz? Muitas procuras e muitas propostas, de muitos sofrimentos e latitudes da tradição. Mas… tanta dispersão? Jesus propos-nos algo conciso e prático: «a tua fé te salvou». Isto prova que a fé não é um sentimento ou atitude de baixo (da carne), mas um dom de cima (do Espírito) e é preciso uma grande generosidade, primeiro, para dar espaço de acolhimento à graça que vem do alto; em segundo, a coragem para testemunhar essa fé de modo a que os outros, tenham, igualmente, a mesma “sorte” de fazer a experiência da fé. Por vezes, nas nossas comunidades, ainda ocupamos muito tempo a observar as precedências, quando o melhor lugar é o que, seja de que distância física for, é o de quem vê, ouve falar e toca com fé. Proponho, para que os cristãos batizados possam utilizar melhor aqueles sentidos pela motivação da fé, o exorcismo da pertença.Sim, esta precisa de ser exorcisada, pois não existe pertença a Deus se não existir pertença a uma família humana ou a um grupo. A verdadeira cura que salva é um encontro, não de duas forças, mas de duas pessoas, que dão, ambas, algo de útil para que algo de glorioso se opere: acolhimento-dádiva, dor-paz, tristeza-alegria, doença-saúde, etc. «Basta que tenhas fé», diz-nos Jesus. Esta fé não nos livra de trabalhos, mas já nos livra do medo!
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo