Um Evangelho prudente, positivo, coerente e elegante
[Leitura] Gen 13, 2. 5-18; Mt 7, 6. 12-14; RR, Pobreza mata seis milhões de crianças todos os anos; Laudato Si’
[Meditação] Já nos aconteceu, certamente, a todos estarmos no meio de uma competição em termos de ganhar bens ou presentes e termos de escolher entre um melhor e outro pior, pensando naquele com que o competidor vai ficar. Porventura, ficando tristes se a parte melhor ficou para o outro e a menos boa para nós, ou vice-versa. O Evangelho não se compadece com estes jogos, pois não é fonte da satisfação de desejos. O Evangelho é caminho e projeto para o mais além, propondo um estilo de vida que não se fica por mera instalação de bem-estar neste mundo. Sobre isso, irrita-me profundamente estar constantemente a ouvir sobre a Grécia e o que ela deve ou não fazer, por causa dos euros em que ela deve estar implicada, e não se dar lugar à justiça que ainda falta fazer em favor dos milhões de crianças que não têm de comer, nem têm direito a educação e tantas que, segundo a UNICEF que morrem por causas evitáveis. Raça má, a nossa!! O Papa Francisco tem razão em publicar o “Laudato Si“; somos uns fracos habitantes deste planeta.E o mesmo se passa, porventura, com as comunidades cristãs, com propostas pastorais que aliciam a obesidade espiritual de poucos, até com “ressacas espirituais” que nunca chegam a ser missão para levar a Palavra e o Pão a muitos. Será que deixámos de estudar a “gramática” da Palavra? Há cada vez mais distância entre o que ela diz e o que ousamos fazer… Talvez o legalismo nos tenha levado ao à tentação do farisaísmo (hoje com outras roupagens). Menos mal que a comunicação social também nos vai acordando as consciências para casos de pobreza perto de cada um de nós, de forma a não podermos fugir de alguma oportunidade de colaboração, não ficando presos ao fútil lamento.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo