Água que lava e Sangue que dá vida

sacerdos_cor_christi[Leitura] Os 11, 1. 3-4. 8c-9; Ef 3, 8-12. 14-19; Jo 19, 31-37

[Meditação] Hoje, a Igreja convida-nos a contemplar Jesus trespassado no alto da cruz, a revelar-nos a forma como Deus realiza o mistério escondido. Na chaga do lado de Cristo esconde-se um amor infinito que não cessa de jorrar misericórdia e vida. Reparámos no Evangelho que ao Mestre não foram partidas as pernas, apesar de o terem feito aos outros que morriam com Ele. Talvez este “bónus” queira dizer-nos que em Cristo se opera uma mudança: n’Ele, doravante, ninguém tem o direito de “cortar as pernas” a ninguém, como que tirando seja a quem for o direito de ser feliz através do uso de todas as potencialidades. Isto acontece, por vezes, na sociedade. Notamos isso em muitos jovens que, apesar de bem formados, não veem os seus cursos terem uma utilidade.Quem dera que a humanidade toda desse conta que há uma sabedoria infinita que é insondável e só unidos, cada um no uso mais forte das suas potencialidades, conseguiremos aproximar-nos dessa bondade infinita. A sociedade deveria ser uma espécie de jardim onde podem ter lugar todas as potencialidades e todas as artes, onde os recursos existentes estivesses à disposição de todos. Para isso, não é necessário nenhum totalitarismo desumanizante; basta um cristianismo radical, apto ao desenvolvimento humano integral. De onde não se esperaria nada, ou seja, da chaga aberta do coração de Cristo, saem os elementos essenciais para que o homem se possa restabelecer: a água que lava e o sangue de dá vida eterna, que continuam a jorrar dos Sacramentos na Igreja. Saibamos ser dóceis à fonte e à forma inspirada para podermos não esconder nem apagar esta divina fonte.

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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