O laço do travestismo religioso e o milagre da fidelidade

moeda vaticano[Leitura] Tob 2, 9-14; Mc 12, 13-17

[Meditação] Hoje em dia, em certos contextos da convivência entre a sociedade pós-moderna e a Igreja em tentativas de renovação, não é muito fácil de ver clara quer a imagem de César, quer a imagem de Deus, para podermos restituir à sua proveniência o que lhe pertence. Caduca, pois, o argumento da difícil distinção entre sagrado e profano, ambos, possível espaço para Deus habitar e a partir do qual falar. Na cena bíblica hoje relatada falou Deus: “dai a César… e a Deus…”, como que numa clara alusão de pertenças que reclamam proveniências ou patentes, para que não se deixe a confusão reinar, um dos maiores inimigos do que se declara de pós-moderno com ares de renovado.

Tobit reconheceu, mesmo cego, o que era de Deus e o que não era. A Verdade requer, de facto, um outro tipo de vista. O remédio da confusão, hoje muito frequentemente “cunhada” nas moedas de troca de influências sociais e religiosas (“travestida” de cumplicidades) pode ser o da sinceridade com que Jesus totalizava a sua relação para com todos. E até César ganhou… ! Quanto mais Deus, com a restituição de quem lhe é mais caro! Ele é eternamente fiel; porque não aceitar esse milagre?

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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