O amor de Deus dispensa a tristeza
[Leitura] Sir 35, 1-15 (gr. 1-12); Mc 10, 28-31
[Meditação] O Evangelho de hoje fala-nos do seguimento declarado por Pedro, em nome dos Apóstolos, em contraposição ao caso do homem rico que, apesar de cumpridor da Lei, se afastou triste, por causa dos muitos bens que possuía. Se o deixar os bens sabemos poder produzir tristeza, já o seguimento, conforme é apresentado por Jesus, não quer que produza logo alegria imediata, mesmo com a promessa “cêntupla” da vida eterna. Essa alegria terá de ser uma “oferenda” pessoal que, por vezes, exige muita generosidade humilde.Conta uma história que, um dia, um homem presunçoso chegou ao céu e disse a Deus: “Olha, Senhor, como as minhas mãos estão limpas!”. Deus respondeu-lhe: “Bem as vejo limpas, mas… estão vazias!”.O Papa Francisco tem vindo a pregar aos cristãos a alegria de quem arrisca e foi, também, este o estilo de São Filipe de Néri (ver imagem). O fogo que ardia no seu coração não dava importância a futilidades, mesmo eclesiásticas (impostas pelo mundanismo espiritual), mas a todos acolhia com um sorriso que contagiava. Precisamos, de facto, de facilitar o caminho que dá acesso a Deus. Se “pintarmos” este caminho de uma seriedade triste, nunca chegaremos a econtrar-nos com Ele como Ele mesmo é: um Deus alegre e misericordioso para com todos.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo