“Dar à luz” a verdadeira alegria
[Leitura] Act 18, 9-18; Jo 16, 20-23a
[Meditação] A liturgia de hoje é uma proposta de tomada de consciência cristã sobre a tristeza e a alegria. Ainda que tenhamos de passar por momentos de tristeza, Jesus convida-nos a estar seguros de que ela não terá a última palavra. Ela faz parte do processo doloroso do “parto” da alegria verdadeira que Ele nos promete no reencontro como Ressuscitado. Usa a melhor comparação que podia ser tomada: a da mulher que está para ser mãe. Ela sofre as dores de parto, que, uma vez dada à luz a nova vida, já não recordará mais. O que fica a saber bem é a vitória alegre de ter contribuído para uma vida nova. Cristãos: acreditaremos que a tristeza é fugaz e permanecemos firmes neste “parto”? Ou desistimos?O Apóstolo Paulo deve ter tido os seus momentos de tristeza e tentação de desespero. No entanto, a visão do Senhor fê-lo permanecer firme no anúncio da Boa Nova. Os acontecimentos sucessivos à sua coragem deram-lhe a prova de que o Senhor não o tinha abandonado. Nas histórias pessoas, por vezes, há “partos” que não “dão à luz” a novidade que esconde a alegria, porque se desiste por causa da dor instrumental desse parto. Esta dor faz parte da ordem dos meios e não da ordem dos fins. É preciso acreditar que o Senhor está sempre presente, a colaborar. No final, estaremos alegres e não lhe faremos nenhuma pergunta: só daremos conta de ter sido (sim, nós!) colaboradores do seu grande projeto.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo