Pedras vivas são as que se transformam em carne
[Leitura] Act 8, 1b-8; Jo 6, 35-40
[Meditação] Nem todas as “pedras” que nos pesam têm a sorte de (vir a) ser arremessadas, nem todas são “assassinas”, a não ser, por vezes, a quem as suporta nas mãos ou no coração. Algumas destas “pedras” não são apanhadas do chão por quem as sustém, mas são passadas de mão em mão irrefletidamente. Serem ou não instrumentos de morte depende das motivações subjacentes e da vontade a que se submetem os seus portadores: a dos homens, nem sempre isenta de perversões desumanas, ou a que Jesus nos faz herdar do Pai, cheio de misericórdia para com todos.
No martírio de Estêvão, nascem dois movimentos distintos: um de Saulo, que sai a incomodar os cristãos, devastando a Igreja; outro de Filipe e os seus irmãos dispersos a espalhar a Palavra do Evangelho e a realizar milagres de conversão. Podemos dizer que o primeiro movimento “ajudou” a espalhar o segundo, uma vez que os cristãos não pararam mais de espalhar a Boa Nova da Ressurreição, sendo “alimento” para todos os que necessitavam da vida nova de Cristo. Ele apresenta-Se como o “Pão da vida” que, visto, acreditado e tomado como alimento, tira a fome para sempre.
A única condição é ir a Ele; Ele não rejeita nenhum dos que O procuram, porque quer ganhar a todos para a Ressurreição do último dia. Esta é uma das atitudes da misericórdia de Deus que levou o Papa Francisco a propor-nos um Ano Santo da Misericórdia, para que todos aqueles que passarem pela “Porta da Misericórdia” possam sentir a consolação do amor de Deus que tudo é capaz de curar e perdoar.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo