Mediar no risco da luta contra Deus

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[Leitura] Act 5, 34-42; Jo 6, 1-15

[Meditação] Hoje eram cá precisos muitos “Gamalieis”. Não é que não haja pessoas que saibam distinguir o que é de Deus e o que é dos homens, mas refiro-me a persobalidades que habitem as fronteiras culturais, sendo capazes de, juntamente com a simpatia, serem respeitados como autoridade. Deve ser também para isso que o Papa Francisco queira que viajemos até às periferias da existência humana e cristã.

São precisos espaços onde se assuma o risco, sem medo, do debate entre a intersubjetividade e a objetividade, ao encontro dos desígnios desenhados pelos planos de Deus.
Urge sempre essa apostolicidade em diversas áreas da vida humana e cristã, dentro e fora das fronteiras da Igreja. Salta, particularmente, à vista, dentro da Igreja, o devassar da relação teológico-prática entre as dimensões da festa e a justiça, ao encontro da caridade. Reflito o exemplo de alguns momentos, como as celebrações de Matrimónio, em que a relação entre o Sacramento e a boda que se lhe segue, em vez de ser promissora de um projeto de “multiplicação”, é, frequentemente, denunciadora de pouca esperança na realização da justiça, a começar pelo dinheiro que se gasta em exageros extravagantes pouco conectados com os planos de Deus para a família.
Enfim, precisamos de noivos, homens e mulheres corajosos, que abdiquem do medo de dar testemunho da festa baseada, sobretudo, na bênção pedida e da simplicidade da partilha, em vez do desperdício dos duzentos dias de salário (“duzentas moedas de prata”) que faltam à necessidade de investimento na educação do seu futuro.

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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