[Leitura/audição] Precónio Pascal; Rm 6, 3-11; Mc 16, 1-7

[Meditação] A “chama que se alimenta de cera, produzida pelo trabalho das abelhas, para formar este precioso luzeiro” convoca os cristãos na noite santa da Vigília Pascal, que antecipa o “dia que não tem ocaso”. O Precónio pascal é o hino que preconiza a aptidão de uma comunidade capaz de anunciar a luz nova e inextinguível do Ressuscitado. Essa capacidade é dom d’Aquele que vive, deixando o túmulo vazio e acompanhando a humanidade pelos caminhos, uns de testemunho, outros de consolação, como aos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13ss).É muito sábia a descrição que o Apóstolo faz aos Romanos sobre o que significa morrer para o pecado e viver para Deus: ser semelhantes a Cristo na morte, para sermos semelhantes a Ele na sua ressurreição. É assim a comunidade pascal: a que, como as mulheres que iam para embalsamar Jesus e os Apóstolos que caminham para a Galileia, continuam a viver deixando-se dinamizar pela surpresa do túmulo vazio e da fraternidade dos discípulos. Cristo faz a parte mais dura: remove a porta do sepulcro ao sair dele; aos discípulos só cabe “perfumar” o caminho de testemunho, com o anúncio da vida nova que o Senhor vive e que quer partilhar connosco.

O “jovem de túnica branca” representa todos os batizados que ajudam todos os homens e mulheres deste tempo a traçar o mapa por onde é possível ir ao encontro do Ressuscitado, inspirados pelo testamento que Ele mesmo nos deixou. É eloquente a comunidade das abelhas das quais se extrai a cera e o mel: aquela para alimentar a luz desta noite; o mel para tornar doces os lábios que anunciam a paz gerada pelo primeiro anúncio: o Senhor está vivo!

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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