Jesus é o Filho de Deus. Qual é o problema?!

[Leitura] Jer 20, 10-13; Jo 10, 31-42

[Meditação] Os judeus eram teimosos: não liam na Escritura tudo o que dizia respeito a Jesus como o consagrado e enviado por Deus, nem sabiam decifrar a sua divindade nas obras que Ele fazia em obediência ao Pai. Ficavam-se pelo lado humano dessas boas obras. Eram, mesmo que deficitariamente, filantrópicos (egocêntricos na pior, mas possível, ds hipóteses). Não admira que, na história, tenham proliferado as heresias que não admitem que o homem Jesus fosse o Cristo da fé (do docetismo ao monotelismo, passando pelo arianismo; pesquisar no google!). São ramificações da mesma teimosia em não se aceitar a divindade daquele homem. Mas proquê?!De facto, fazer boas obras está ao alcance de muitos, seja por autotranscendência egocêntrica (como as modelos ou os desportivistas pela fama), seja por autotranscendência filantrópico-social (como as organizações não governamentais, em favor dos pobres e marginalizados), mesmo que não sejam diretamente ou conscientemente autotranscendência teocêntrica (amar a Deus acima de todas as coisas, aceitando os efeitos colaterais deste amor que tudo o que é Bem nos pode levar a ser e a fazer).

No entanto, não foi o homem que se fez Deus, mas foi Ele que Se fez homem. O problema dos judeus e, diria, de cada homem desde a sua infância é o da mania da omnipotência. Perder poder para deixar que Deus, na visibilidade do Jesus histórico, exerça o Seu poder verdadeiramente omnipotente é muito difícil para os humanos. É um problema de concorrência (até no carreirismo eclesiástico…!). Não nos corrigiremos diante do poder divino de Jesus manifestado numa obediência até nas obras de cura e serviço, e na Cruz, onde Se manifesta o máximo de amor que se pode obter? Mais compaixão e menos comoção (emoção forte que também pode significar motim ou desordem)!

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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