Toda a lei que regula, mas não investe, também não seduz

[Leitura] Jer 11, 18-20; Jo 7, 40-53

[Meditação] A expressão “sempre assim foi e sempre assim será” seja declarada tabu. Na verdade, é das expressões mais estagnantes que existe e é denunciadora da incompetência dos que querem manter um certo poder a todo o custo, que é o mesmo que dizer à custa da (preconceituada) ignorância dos que parecem crer. Até os guardas do Templo deram conta  que a Novidade que estava junto deles não era de se prender em esquemas antigos; e eles, em princípio, não eram os mais letrados!! Nicodemos, aquele “buscador de Deus” que tivemos já ocasião de encontrar a falar com o Mestre, reconhece-Lhe autoridade. Os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, (maus) defensores da Lei, nem sequer se dão “ao luxo” de investir na sua autoavaliação, o que faz deles “repetidores” de “maquinações”.

O antrocentrismo exacerbado, a certa altura, em vez de chamar à lei que cria de “maldita”, chama de “maldita” toda a pessoa que a não defende, ignorando que o ser pessoa inclui a vontade intrínseca de procurar a verdade que está fora dela. Todo o ser humano é “capaz de Deus” e, por isso, capaz de sair fora de si mesmo para ir ao Seu encontro. Quando alguma pessoa deixar de sentir esse ímpeto que a leva a deixar-se seduzir por uma verdade que vem de fora de si, é porque ela mesma se põe no centro e sofre de egocentrismo.

Não faz mal, sejamos “galileus”, terreno fértil para que Jesus continue a semear a sua Palavra germinadora de novidade do Espírito e de futuro. Deixemos a “judeia” da frieza calculista que estagna a vocação cristã, não deixando voar para a “terra prometida” a que fomos destinados.

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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