Via Crucis: caminho de Deus para o Próximo
[Leitura] Os 14, 2-10; Mc 12, 28b-34
[Meditação] “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças” − Primeiro mandamento, que nos relaciona totalmente a Deus. O Segundo − “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” − refer-nos, com essa qualificação totalizante, ao próximo. Como “não há maior mandamento maior que estes”, porque razão, por vezes, por causa de algum zelo meramente vertical (que se refere somente a um mero cumprimento do primeiro mandamento), se subjugam os irmãos a sacrifícios inúteis? Estes sacrifícios não estarão fora destes dois maiores mandamentos? Se tudo o que sai fora dos mandamentos de Deus é idolatria, não será que amar somente a Deus o seja? E vice-versa…?
O caminho do Senhor Jesus, na terra, teve como ponto de partida em Deus e ponto de chegada o calvário, por amor à humanidade. Este é o “caminho dos justos”. Nele “tropeçam os pecadores”. Sim, pode haver tropeços (e muitos!) se tentarmos ir a Deus sem passarmos pelos irmãos, não para os subjugar, mas para os amar com o amor misericordioso de Deus. O profeta mostra-nos como a linguagem de Deus, já no Antígo Testamento é de tremendo desejo curativo ou terapêutico; como o não será a linguagem operativa de Jesus no Novo Testamento?
“Não estar longe do Reino de Deus” significa estar perto, por gestos de amor, dos irmãos. Só assim é que a “via crucis” se transformará em “via lucis”.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo