Quando? Quantas vezes… A multiplicação do tempo
[Leitura] Lev 19, 1-2. 11-18; Mt 25, 31-46; ANSELM GRÜN, Administração Espiritual do Tempo
[Meditação] Já ouvimos falar na “multiplicação dos pães”, mas, certamente, nunca tínhanos pensado na multiplicação do tempo. Aliás, oxalá conseguíssemos ter mais tempo para o que nos agrada ou o que achamos importante. No entanto, se pensarmos bem, conforme um pequeno ou cinco pequenos pães, depois da oração de Jesus, se transformaram em matéria para matar a fome a muita gente, assim, também, o tempo utilizado para pôr o “pão da Palavra” em prática através de boas obras multiplicar-se-á nas vezes necessárias em que aprouver a Deus. Sempre se ouviu dizer, também, que se tem sempre tempo para o que se quer realmente. No entanto, nós, humanos, somos maus “senhores” do tempo.
Não é por acaso que Deus sente necessidade em orientar o seu Povo dizendo: «Não furtarás… Eu sou o Senhor; Não oprimirás… Eu sou o Senhor; Não cometerás injustiças… Eu sou o Senhor; Não odiarás… Eu sou o Senhor; Amarás.» Este é, para o Povo, o programa que ajuda a viver a sua Santidade. É o Senhor a orientar na boa utilização do tempo presente. Frequentemente, sentimo-nos tentados a ser “senhores do tempo”, mas, o tempo a Deus pertence. As obras de misericórdia elencadas por Jesus são determinantes para que possamos ter uma vida bem conseguida, no tempo presente, pois, cada vez que fizermos uma boa ação, estamos a multiplicar o “tempo da graça”, que é o “tempo comsumado”, em que se completa em nós a salvação de uma vez por todas dada por Jesus Cristo.
Se cumprirmos a palavra “nao fazer mal a quer quer que seja” talvez percorramos anos luz no que toca a eternidade! Pois, o amar a todos sem exceção é a forma de amar do Pai. Na prática, saberemos entender melhor o que significa “nem só de pao vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo