O que levar para a messe?

[Leitura] 2Tm 1, 1-8; Lc 10, 1-9

[Meditação] No dia em que a Igreja faz memória dos Santos Timóteo e Tito, somos convivados a refletir, mais uma vez, no método mais eficaz para que a mensagem cristã chegue aos seus destinatários. O Evangelho também contém indicações precisas sobre o método, não é só mensagem a transmitir!

Antes de mais, convém darmos conta da característica que Jesus atribui à messe: “é grande”. Os trabalhadores é que são “poucos”. Ainda há pouco (III Domingo do Tempo Comum) via-mos Jesus a criar uma “rede de apóstolos” necessária para a “pesca da humanidade” para o Reino.

Talvez o facto de Jesus enviar “dois a dois” nos leve a pensar que é um número imperfeito, em comparação com a maioria das constituições que fundam as comunidades religiosas, que aconselham a que haja comunidades com o mínimo de três consagrados/as. Pois, é nítida, no método de Jesus, a preferência pela simplicidade, também no número dos enviados, talvez até porque seria preciso dividí-los, os 72, pela “grande” extensão territorial da messe.

Quanto ao que levar, Jesus é claro: o anúncio de paz e a proximidade do Reino. Curiosamente, Jesus, com esta postura, faz-nos acreditar que a eficácia do anúncio depende mais da mensagem que transmitem, mesmo entre lobos, do que das condições materiais da missão que exercem. Leva-nos a crer que o que é preciso para a sobrevivência física já está na messe para onde são enviados, enquanto que aquilo que lá falta não se pode descorar pela partida e pelo caminho.

Muito haveríamos de avaliar nas nossas pastorais hodiernas quanto ao tempo que se perde a considerar o que é secundário à missão, em detrimento da Mensagem que já nos foi dada, assim como em aprender o método que… também já nos foi dado!!

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