Falar do que se sabe ≠ saber de que se fala

[Leitura] Act 4, 32-37; Jo 3, 7b-15

[Meditação] Falar do que se sabe é, segundo Jesus, dar testemunho do que se viu referente a coisas do céu. Isto é possível na vida segundo o Espírito de Deus, que é como o «vento que sopra onde quer…». Para isso, é preciso nascer do Espírito. Sem este segundo nascimento, vivemos comandados por falas diversas, como se de um ato sem potência se falasse no palco da vida humana. Muitas coisas se dizem, em jeito de opinião, mas que de sabedoria do alto, por vezes, têm pouco. É como se de um programa de computador se tratasse, a organizar a rotina que alguém (por vezes sem rosto) quer que vivamos em favor das “coisas da terra”.

Ter a vida eterna é aquilo que o Filho do homem quer e, para isso, desceu até nós, dando-Se a conhecer a Ele e Àquele que O enviou. É um poder com rosto e é o rosto da misericórdia do Pai. Não nos engana porque também não Se pode enganar a Ele próprio. Permite-nos viver segundo a mesma fonte de vida, enquanto que aquilo de que falam os homens sem rosto de misericórdia nem sempre nós podemos saber, mas que somente conseguindo obter, à custa dos pobres que nada sabem do que falam, paraísos fiscais/fictícios terrenos. Aquele que fala do que sabe, promete-nos um paraíso real eterno.

Façamos como Nicodemos, naquele aparente diálogo com Jesus: deixemos falar quem sabe, porque é mais útil para obtermos a vida eterna do que darmos somente atenção aos que (pensam) saber daquilo que falam. Sejamos, como Barnabé, «Filhos da Consolação», vendendo tudo o que possuímos, para dar em troco dessa vida sem fim, a que já podemos começar a viver a partir das relações de fraternidade.

[Oração] Sal 92 (93)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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